Ergonomia não significa apenas cadeira confortável, para evitar desconfortos e perdas de produtividade.
Normalmente, quando falamos de ergonomia, pensamos em cadeiras que se ajustam à curvatura da coluna, com posição correta para sentar.
A indústria pensa sempre no padrão médio, e muitas pessoas são prejudicadas, pois possuem estaturas muito diferentes da média populacional. Mesmo os ajustes de cadeiras podem não compensar a diferença de medidas. Podemos notar este tipo de situação dentro de um ônibus, onde os bancos muito próximos não permitem que pessoas muito altas tenham espaço suficiente para sentar corretamente, e ficam desengonçadas, sentando-se de lado ou com as pernas abertas.
A ergonomia vai além disso. Trata-se de dar conforto e evitar os esforços desnecessários.
Trazer tudo o que for possível para perto de você, sem precisar se contorcer e fazer malabarismos, também faz parte deste conceito.
Os europeus já entendem mais o conceito, que no Brasil ainda pesa no bolso. Geralmente, as partes inferiores dos armários possuem gavetas e prateleiras corrediças para puxar o que está guardado para perto de você, sem precisar entrar dentro dos armários, em posições desconfortáveis, como lugares embaixo de pias, ou cantos, que você tenha a necessidade de abaixar e colocar todo o braço dentro do armário, em alguns casos, até entrando com o corpo dentro do armário.
As corrediças e estruturas para resistir a peso são mais caras do que simplesmente fazer prateleiras fixas dentro do armário. A diferença de preço acaba fazendo com que as pessoas tomem a decisão na contra-mão da ergonomia.
A população está envelhecendo, e precisamos prestar atenção em algumas coisas, que podem facilitar o dia-a-dia.
Pensar em facilitar este esforço todo, pode reduzir os custos com médicos e remédios para a dor.